Como saber se minha empresa está vulnerável a ataques pela internet

A medida que a internet otimiza a rotina das empresas, ela também torna vulnerável as informações nela registradas. Você já deve ter ouvido falar pelo menos uma vez sobre vazamento de dados de alguma empresa, que culminou em exposição de clientes na web. Com os avanços tecnológicos, isso têm se tornado cada vez mais recorrente — e preocupa muitos gestores.

As invasões acontecem das mais variadas formas e podem ser através de um site fraudulento que coleta dados ou mesmo por vírus e ataques internos. Considerando essas problemáticas, nós preparamos este conteúdo sobre a segurança dos seus negócios. Confira nas linhas a seguir dicas de como saber se a sua empresa está vulnerável a ataques pela internet.

Vulnerabilidade dos sistemas

Os dados que revelam a vulnerabilidade das empresas nas redes são muitos. Nos últimos anos, esse é o foco de muitos setores da tecnologia: informar sobre possíveis brechas nos sistemas e trabalhar para corrigir isso. Até mesmo os usuários de smartphones se encontram desprotegidos em suas navegações, o que quer dizer que as empresas, em escala maior, são grandes alvos de ataques.

Os motivos das ações dos invasores podem ser vários, mas as informações contidas nos bancos de dados são o principal foco. Conforme a Positive Technologies, uma empresa de segurança cibernética, alguns invasores podem acessar o sistema de uma empresa em menos de 30 minutos.

O estudo realizado pela Positive levou o nome de “Penetration Testing of Corporate Information Systems”, que em tradução livre significa “Teste de Penetração de Sistemas de Informação Corporativa”. A pesquisa em questão constatou que cerca de 93% das empresas testadas puderam ter o sistema invadido, sendo a maioria em menos de uma hora.

Não só as pequenas corporações são alvos. Grandes nomes do mundo business já tiveram sistemas expostos em ataques ao longo desses anos, demonstrando a necessidade de reforçar a segurança em todas as escalas. A título de curiosidade, vale mencionar que marcas como Netshoes, Dropbox, Uber, Adobe, Facebook, Netflix e JPMorgan Chase já passaram por ciberataques.

Isso corrobora o fato de que todas as empresas, independente do tamanho, precisam sempre estar atentas para acompanhar a proteção de seus bancos de dados e sistemas internos.

Tipos de ataques

Existem várias formas de hackear um sistema interno para obter dados confidenciais. O malware, abreviação de malicious software, é uma das maneiras de adentrar um dispositivo com o objetivo de danificá-lo ou invadi-lo. Ele pode chegar sob forma de vírus, spyware, ransomware e outros, todos com objetivos mal-intencionados. Além desse, existem outras possibilidades, como as destacadas abaixo.

Phishing

O método em questão é bastante conhecido e pode afetar pessoas em diversos graus, inclusive empresas. O objetivo do phishing é coletar dados pessoais, bancários e financeiros (como números dos cartões de crédito), tudo isso por meio de uma página falsa.

Ele pode chegar sob formatos variados, como e-mails e em plataformas de mensagens instantâneas, com links que encaminham para a página fake que catalogará as informações desejadas. Geralmente, o site tende a parecer bastante semelhante ao original e pede logo num primeiro momento o login para coletar informações iniciais.

Ameaça Persistente Avançada (APT)

Como o nome sugere, essa modalidade conta com técnicas mais elaboradas. Por isso, ambiciona grandes corporações ou mesmo bancos de dados estatais. Diferente de outras técnicas que entram e saem rapidamente dos sistemas, a APT busca se instalar por um período mais longo, roubando informações de forma contínua.

Embora o foco sejam as empresas maiores, os invasores podem usar as instituições menores para se infiltrar e conseguir chegar até o objetivo final. O processo de ataque é dividido em cinco etapas que começam na obtenção do acesso e terminam na infiltração efetiva e invisível.

Ataque Distribuído de Negação de Serviço (DDoS)

O DDoS não consiste necessariamente em uma invasão, mas sim a uma forma de atacar determinado sistema. O cibercriminoso precisa de um computador para gerenciar a ação e de alguns outros no suporte para executar. Juntos, eles concentram vários outros PCs que são usados como subordinados ao primeiro para sobrecarregar o servidor do site que é alvo do ataque.

Como mencionado, o objetivo não são as informações, mas sim a invalidação de um endereço virtual temporariamente. Por meio dessa ação, é possível negociar um valor em troca do retorno do site — sem a certeza de que os hackers farão de fato isso.

Quebra de senha

A tática da quebra de senha pode valer-se de pelo menos três técnicas para obter a informação desejada, que no caso é o password necessário para logar em uma determinada página. Para descobrir uma combinação, o cibercriminoso pode usar:

  • ataque de força bruta: método de tentativa e erro;
  • ataque de dicionário: dispõe de um programa para combinar palavras;
  • captura de teclado: o invasor tem acesso ao teclado do usuário e pode conseguir informações de login, inclusive a senha.

Em meio a tantas possibilidades, é preciso ter em mãos algumas ferramentas e rotina de cuidados com hardwares e softwares no ramo empresarial para garantir a segurança das informações armazenadas nos sistemas. O tópico a seguir explicará em detalhes essa questão.

Como saber se minha empresa está vulnerável a ataques pela internet?

Após saber sobre os possíveis ataques de cibercriminosos, você deve estar se perguntando se o sistema de sua empresa é forte o suficiente para impedir ataques. Se você já trabalha com alguns dificultadores de acesso externo, como antivírus, já é um começo.

Entretanto, a resposta mais honesta para essa pergunta é que sempre há formas de melhorar ainda mais a proteção de um software, principalmente com atualizações constantes. Além disso, vale a pena investir em outros recursos que também vão ajudar nesse sentido, como firewalls, VPN e backup.

Nessas horas, é interessante contatar a equipe de TI e outros profissionais que podem montar um plano de ação, considerando todos os aspectos que podem ser perigosos: redes de internet, acesso ilimitado de todo o sistema por todos os funcionários, etc. Tudo isso deve ser considerado para criar uma dinâmica mais segura e eficiente para o seu negócio.

Formas de fortalecer o sistema interno

A lista em questão pensa em práticas que podem ser adotadas no dia a dia, considerando que muitas das coisas precisam ser efetuadas e reavaliadas periodicamente. São elas:

  • Esquematização de uma hierarquia de acesso, em que somente pessoas selecionadas podem entrar em áreas restritas do sistema (em específico as que guardam informações mais valiosas);
  • Treinamento do time, de modo a ensiná-los a evitar clicar em links e mensagens de cunho duvidoso;
  • Limitação do acesso de páginas que não fazem parte da dinâmica da empresa (ajuda a proteger contra um possível phishing);
  • Criação de senhas fortes e elaboradas para todos os acessos, inclusive da rede Wi-Fi;
  • Implementação de criptografia para conteúdos sigilosos para dificultar a decodificação por hackers;
  • Criação de rotina periódica de backups na nuvem com certificação de que o programa usado oferece bom suporte de segurança;
  • Uso constante de firewall e antivírus;
  • Adesão de VPN para certificar-se que pessoas de fora do sistema passem por um controle rigoroso ao acessar o software.

Dica bônus

É claro que existem uma série de outras medidas que podem fazer parte do plano de proteção, pois a cibersegurança é um mundo vasto e tem crescido cada vez mais. Entretanto, as soluções apontadas são um bom começo para assegurar barreiras para evitar o acesso de invasores.

A última dica, porém não menos valiosa, é certificar-se de que o provedor de internet garante um bom trabalho em termos de proteção de informações do usuário, principalmente no que diz respeito à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Com essas ferramentas e ações em mãos, ficará mais fácil garantir a segurança dos dados armazenados no sistema de uma corporação. Lembre-se, a melhor forma de saber se uma empresa está vulnerável a ataques pela internet é checando seus métodos e rotinas internas, considerando acesso dos funcionários e o conhecimento deles em relação aos possíveis riscos que o ciberataque pode causar.

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