Você já parou para pensar no que aconteceria se a internet do mundo acabasse? Essa é uma pergunta daquelas que nós mal queremos pensar na possibilidade de ter de responder. Certamente, inúmeras esferas seriam afetadas: econômica, social, interpessoal e por aí vai. Isso porque, hoje, nós estamos totalmente imersos em uma realidade conectada.
Para se ter uma ideia, estima-se que 5 bilhões de pessoas tenham acesso à internet atualmente, equivalente a 63% da população mundial. Os números são da pesquisa “Digital 2022: Global Overview Report”, do Datareportal.
No Brasil, o Comitê Gestor da Internet do Brasil indica que, já em 2020, o país bateu 152 milhões de usuários – ou seja, 81% da população com mais de 10 anos. Pensando nisso, é difícil mensurar como seria se houvesse uma grande ruptura neste sentido. O que isso significaria na prática? Acompanhe a seguir.
O que aconteceria se a internet do mundo acabasse?
Em um primeiro momento, é impossível não mencionar que haveria um caos generalizado. Comunicação interrompida, grandes empresas baseadas em e-commerce deixariam de funcionar e as transações bancárias seriam basicamente impossibilitadas fora do ambiente físico.
À medida que o tempo fosse passando, as coisas poderiam se ajustar, mas tudo teria um aspecto nostálgico, algo como o que era vivido na década de 1980, quando a web não era algo acessível ou popular.
A maior parte das pessoas que nasceu inserida na lógica digital levaria um bom tempo para se adaptar ao universo “analógico”. Independente da esfera, micro ou macro, tudo ficaria fora do lugar.
O que mudaria na dinâmica do dia a dia?
O que você faz quando sua conexão de internet se desestabiliza por um momento? Provavelmente, reinicia o modem e, se não funcionar, liga para a provedora. Se nesses momentos os nervos já ficam à flor da pele, imagine um contexto mundial sem a interligação da web.
Desde coisas mais básicas até tarefas mais elaboradas, tudo ficaria impossibilitado. Principalmente em tempos em que já se fala sobre procedimentos médicos on-line e em realidades virtuais inseridas na dinâmica de empresas. Veja abaixo alguns dos aspectos mais afetados com a interrupção digital.
Redes sociais
Somente no Facebook, é possível encontrar 2,9 bilhões de usuários ativos mensalmente. No Instagram, por sua vez, são mais de 1,4 bilhões de pessoas postando fotos, vídeos e interagindo de alguma forma. Sem rede, nada disso seria possível.
Ou seja, as fotos teriam de ser reveladas, caso quisessem compartilhá-las de alguma forma. Vídeos, então, voltariam a depender das fitas. Todo e qualquer registro precisaria de um elemento analógico para ser eternizado novamente.
Comunicação
Um dos primeiros pontos a serem prejudicados é o âmbito das comunicações: sem conexão, não há redes sociais, como mencionado, tampouco mensageiros. Assim, o contato com pessoas distantes, há poucos ou muitos quilômetros, fica bastante dificultoso.
Neste caso, as únicas alternativas seriam o uso de telefones, ou visitas presenciais às pessoas. Sem WhatsApp ou Twitter, o celular voltaria a ser um aparelho que apenas recebe e efetua ligações e mensagens.
Tarefas simples
Parcelar compras no crédito? Isso não seria possível. Realizar transferências bancárias? Também não. No mundo desconectado, prevalece aquela que hoje já anda sumida: a cédula de dinheiro. A ida ao banco, também aquém da rotina de muitos, teria de ser retomada para receber salário, pagar contas e fazer transações.
Os transportes também voltariam aos moldes tradicionais, sem motoristas de aplicativo. O pagamento, naturalmente, também voltaria ao dinheiro. Com isso, o rearranjo para uma simples atividade como ir ao trabalho, demandaria uma organização prévia.
Lazer
Se você espera o dia todo para chegar em casa e assistir a sua série favorita, saiba que isso seria impossível sem a internet. Além dos streamings de produções audiovisuais, como Netflix, Prime Video e Disney+, os softwares de música também seriam extintos.
O que restaria seriam as boas e velhas locadoras, com CDs e DVDs que podem ou não estar disponíveis quando você quiser assistir um conteúdo específico. Os rádios também tomariam fôlego, uma vez que nem os pen-drives seriam funcionais – já que não existiria mais uma fonte para baixar músicas.
Ponto extra: economia
Por mais que a economia não seja um âmbito micro, como visitar as redes sociais, ela é um dos aspectos mais afetados. Alguns lugares no globo seriam fortemente afetados, como é o caso da Coreia do Sul, que tem mais da metade do PIB levado por atividades on-line.
A Califórnia, local que concentra 70% de empresas ligadas ao e-commerce, também sentiria o impacto. Entretanto, não é preciso ir tão longe. Só no Brasil, mais de 930 mil empresas operam no modo de e-commerce.
É possível que a conexão seja, de fato, interrompida?
Nós já presenciamos algumas situações recentes de falhas nas redes sociais e em algumas conexões. Em outubro de 2021, o Facebook simplesmente saiu do ar e deixou bilhões de pessoas sem saber o que estava acontecendo. Uma cidade próxima ao Quebec, no Canadá, experienciou algo pior: a falha na transmissão do sinal de um satélite e a consequente falta de internet.
Muito além da internet que vem da órbita da Terra, algumas conexões também podem ser interrompidas via cabo marítimo. Independentemente do formato, todos estão sujeitos a acidentes capazes de barrar a transmissão temporária de dados.
A boa notícia é que é muito difícil que algo tenha uma proporção tão grande que consiga bloquear efetivamente a internet do mundo. Mas, caso haja alguma excepcionalidade, você já sabe exatamente o que aconteceria se a internet do mundo acabasse.
E aí, o que achou do tema? Se você, assim como nós, gosta de ficar por dentro do mundo conectado, acompanhe o blog da Explorernet e saiba todas as dicas e novidades da web.
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